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terça-feira, 6 de novembro de 2012

Exodus - Introdução



Introdução

A Dor de um Anjo

“ELE”

Por onde ela anda? Eu não saberia dizer, mas a falta que me faz é imensa. Aceitei meu trabalho nesta Cidade porque a amo, queria estar perto dela, tocar-lhe a face, sentir o cheiro daquela pele suave.
Eu aguentei o quanto pude, declarei todo o meu amor e, mesmo assim, tal sentimento continua como um segredo frio, escondido em meu coração.
Ela não faz ideia do quanto ansiei por tocar seus lábios com os meus, não tem noção do quanto isso foi fascinante. Minha vida era um nada, até que a encontrei. Como não me perder de amores ao ver aquele anjo de pele alva e cabelos vermelhos?
Eu pequei, não posso amá-la...
Por que eu te deixei, Lienne?

*****

LIENNE

O mundo não esperava pela minha volta. Nada havia mudado, o que não prestava sempre continuaria da forma que estava. A Igreja de Cristo ainda era o governo principal, as pessoas ainda se rendiam em suas soberbas fantasias de que eram os únicos seres que habitavam a Terra, e as criaturas sobrenaturais continuavam atormentando os fátuos humanos. Porém, algo havia mudado: eu!
Não mais uma nephilin. Uma alada, um anjo. Saí da minha morada, o único refúgio que, pelas dores, aprendi a considerar como lar, com o coração repleto de desentendimento e a mente dotada de um único desejo: vingança.
Se pelas minhas crenças tentaram me incriminar, pelas suas, os incriminaria.
Se pelo fogo ousaram me destruir, pelo fogo seriam eliminados.
Pois essa foi a ordem, olho por olho, dente por dente e... Vida por vida!
Que seja feita Vossa Vontade, assim na Terra como no... Só na Terra basta.
Subestimaram minha raça, minha essência, minha vida. Uma vez nephilin, eternamente nephilin.
Os nephilins amam.
Os nephilins cuidam.
Os anjos matam.
E eu mataria...
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