Introdução
A Dor de um Anjo
“ELE”
Por onde ela anda?
Eu não saberia dizer, mas a falta que me faz é imensa. Aceitei meu trabalho
nesta Cidade porque a amo, queria estar perto dela, tocar-lhe a face, sentir o
cheiro daquela pele suave.
Eu aguentei o
quanto pude, declarei todo o meu amor e, mesmo assim, tal sentimento continua
como um segredo frio, escondido em meu coração.
Ela não faz ideia
do quanto ansiei por tocar seus lábios com os meus, não tem noção do quanto
isso foi fascinante. Minha vida era um nada, até que a encontrei. Como não me
perder de amores ao ver aquele anjo de pele alva e cabelos vermelhos?
Eu pequei, não
posso amá-la...
Por que eu te
deixei, Lienne?
*****
LIENNE
O mundo não
esperava pela minha volta. Nada havia mudado, o que não prestava sempre
continuaria da forma que estava. A Igreja de Cristo ainda era o governo
principal, as pessoas ainda se rendiam em suas soberbas fantasias de que eram
os únicos seres que habitavam a Terra, e as criaturas sobrenaturais continuavam
atormentando os fátuos humanos. Porém, algo havia mudado: eu!
Não mais uma
nephilin. Uma alada, um anjo. Saí da minha morada, o único refúgio que, pelas
dores, aprendi a considerar como lar, com o coração repleto de desentendimento
e a mente dotada de um único desejo: vingança.
Se pelas minhas
crenças tentaram me incriminar, pelas suas, os incriminaria.
Se pelo fogo
ousaram me destruir, pelo fogo seriam eliminados.
Pois essa foi a
ordem, olho por olho, dente por dente e... Vida por vida!
Que seja feita
Vossa Vontade, assim na Terra como no... Só na Terra basta.
Subestimaram minha
raça, minha essência, minha vida. Uma vez nephilin, eternamente nephilin.
Os nephilins amam.
Os nephilins
cuidam.
Os anjos matam.
E eu mataria...
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